quinta-feira, 1 de maio de 2014
Principais Motivos pelos quais Palestinos e Israelenses reivindicam o Território
ISRAELENSES
·
A terra
de Israel foi prometida por Deus aos judeus.
·
Desde
que os judeus foram exilados pelos romanos a terra de Israel nunca foi
estabelecida como estado.
·
O
estado de Israel foi criado pelas Nações Unidas em 1947. É um estado
democrático moderno e soberano.
·
Toda a
terra de Israel foi comprada pelos judeus ou conquistada por Israel em guerras
de defesa.
·
Os
árabes controlam 99,9% do território no oriente médio. Israel representa apenas
1% na região.
·
A história demonstrou que a segurança do povo
judeu apenas pode ser garantida através da existência de um estado judeu forte
e soberano.
PALESTINOS
·
Os
árabes mulçumanos viveram no local por muitos anos.
·
O povo
palestino tem o direito à independência nacional e à soberania sobre a terra
onde viveram.
·
Jerusalém
é a terceira cidade sagrada na religião mulçumana.
·
O
oriente media é dominado por árabes. Outras religiões ou nacionalidades não
pertencem à região.
·
Todos
os territórios árabes foram colonizados tornando-se estados completamente
independentes (exceto Palestina)
·
Os
palestinos tornaram se refugiados.
sábado, 26 de abril de 2014
Glossário
Produzimos este pequeno glossário com palavras e
termos utilizados nos textos que tratam do conflito entre os Palestinos e
Israelenses, com o objetivo de auxiliar no entendimento do tema aqui exposto.
Civilização semita ou sua influência.
Vocábulo ou construção próprios das línguas semíticas. www.dicionárioonlinedeportuguês.
· Holocausto
- Foi uma ação sistemática de extermínio dos judeus, em todas as
regiões da Europa dominadas pelos alemães, nos campos de concentração,
empreendida pelo regime nazista de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945). A palavra holocausto é de origem grega holos
(todo) e kaustro (queimado). Do hebraico Shoá (a
catástrofe). www.significados.com.br
· Hebreus
- É uma designação que se aplica a Abraão e seus
descendentes. Abraão foi quem deu início a esse povo. A primeira pessoa a ser
chamada de hebreu na Bíblia foi Abraão. www.esbocandoideias.com/2011
· Israelitas
- Após o encontro de Jacó, filho de Isaque, com Deus,
Este lhe mudou o nome para Israel, e a partir daí esse povo também começou a
ser chamado de israelitas. Isso se deu com os descendentes dos 12 filhos de
Israel (Jacó), que geraram as famosas 12 tribos de Israel. Até aqui existem
dois nomes para o mesmo povo (hebreus e israelitas). www.esbocandoideias.com/2011
· Império
- Domínio, poder, autoridade: exercer império despótico.
Nação governada por um imperador.
Conjunto de territórios dependentes de um imperador: o Império Britânico. www.dicionarioonlinedeportugues
Nação governada por um imperador.
Conjunto de territórios dependentes de um imperador: o Império Britânico. www.dicionarioonlinedeportugues
· Otamano
- adj. Relativo ou pertencente à Turquia.
Adj. e s.m. Diz-se do, ou o natural desse país. www.dicionarioonlinedeportugues
Adj. e s.m. Diz-se do, ou o natural desse país. www.dicionarioonlinedeportugues
· Faixa
de Gaza - É
um território localizado na Palestina,
entre Israel e o Egito, ao longo do Mar Mediterrâneo. O
território é conhecido por estar em constante
conflito, uma vez que é reivindicado pela Autoridade Nacional Palestina,
como sua propriedade. Este território do Sudoeste da Palestina é constituído
por uma planície costeira que ladeia o litoral mediterrânico e se estende em
torno da cidade de Gaza. Abrange uma área de 365 km2 e tem cerca de 1,7 milhões
de habitantes. www.significados.com.br
· ONU
- ONU é a sigla para Organização das Nações Unidas (ONU), que é uma organização
internacional com o objetivo de facilitar a cooperação em termos de direito
internacional, segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso
social, direitos humanos e da paz mundial. A ONU foi fundada em 1945, logo após
a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de deter as guerras entre os países e
para facilitar diálogo entre os mesmos. www.significados.com.br
O Hamas – (Movimento de Resistência Islâmica") uma organização palestina, de orientação sunita,
que inclui uma entidade filantrópica, um partido político e um braço armado, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. É o mais importante movimento fundamentalista islâmico
da Palestina. www.wikipedia.org.wiki
ORIGEM DOS CONFLITOS ISRAEL X PALESTINOS
No segundo milênio antes de Cristo, a Faixa de Gaza foi invadida por
povos de origem creto-micênica, os filisteus. Na mesma época, a Cisjordânia foi
invadida por povos de origem suméria, os hebreus. Os dois povos lutaram entre
si na disputa por território, porém ambos acabaram suplantados por impérios
mais poderosos que dominaram sucessivamente a região: o Império Egípcio, o
Império Assírio, o Império Babilônico, o Império Persa, o Império Macedônico e
o Império Romano.
Por volta de 8 a.C., nasceu Jesus Cristo na cidade de Belém. Com a
divisão do Império Romano em 395, a região da Palestina passou a pertencer à
sua porção oriental, que viria a ser conhecida como Império Bizantino. Com o
surgimento do islamismo na Península Arábica no século VII, as tribos árabes se
uniram e conquistaram largas porções do Império Bizantino, incluindo a
Palestina. Nos séculos XII e XIII, os reinos cristãos da Europa Ocidental
realizaram várias expedições militares contra o Império Árabe visando à
retomada da Palestina. Essas expedições, batizadas de Cruzadas, redundaram na
criação de vários reinos cristãos no Oriente Médio. Na Palestina, mais
especificamente, foi criado o Reino de Jerusalém. Porém tais reinos foram logo
retomados pelos árabes.
No século XVI, o Império Otomano se apropriou da Palestina. Tal domínio
foi mantido até a Primeira Guerra Mundial. Com a derrota do Império Otomano na
Primeira Guerra Mundial e o consequente desmantelamento do império, a Palestina
ficou sob administração britânica com mandato conferido pela sociedade das
Nações. Nessa época, o aumento da imigração de judeus para a Palestina,
motivado pela criação do movimento sionista no final do século XIX, começou a
gerar atritos entre a comunidade árabe que já residia na região e os judeus recém-chegados.
Em 1947, a Organização das Nações Unidas, que havia substituído a Sociedade das
Nações como órgão diplomático internacional, determinou a divisão da Palestina
em três estados: um estado árabe, um estado judeu e um estado sob administração
da Organização das Nações Unidas (a cidade de Jerusalém). Com a eclosão da
guerra entre os países árabes fronteiriços e o estado judeu (Israel), o estado
árabe perdeu parte de seu território original, assumindo, aproximadamente, seu
tamanho atual. A Faixa de Gaza passou para administração egípcia e a
Cisjordânia, para administração jordaniana.
Em 1964, 422 autoridades palestinas fundaram a Organização para a
Libertação da Palestina, em Jerusalém, visando à fundação de um estado árabe na
Palestina. Dentro da organização, a maior facção era a do Fatah, grupamento
político de orientação socialista liderado por Yasser Arafat.
Em 1967, ocorreu novo conflito entre Israel e os países árabes vizinhos:
a Guerra dos Seis Dias. Com o fim da guerra, Israel anexou a Cisjordânia[1] e a faixa
de Gaza.
Grande parte da população dos territórios ocupados por Israel na Guerra
dos Seis Dias se refugiou na Jordânia. Temendo a pressão política desses refugiados,
o rei Hussein da Jordânia ordenou o massacre dessa população em 1970 no
episódio conhecido como Setembro Negro. Os sobreviventes do massacre fugiram
para o Líbano. Em 1972, o grupo terrorista palestino Setembro Negro sequestrou
e matou onze atletas israelenses na Olimpíada de Munique.
Em 1973, ocorreu novo conflito entre Israel e os países árabes vizinhos:
a Guerra do Yom Kippur. Em 1982, o exército israelense invadiu o Líbano visando
a dar um fim aos ataques da Organização pela Libertação da Palestina contra o
norte de Israel. Como consequência, a organização foi obrigada a transferir seu
quartel-general para a Tunísia.
Em 1987, a população palestina do campo de refugiados de Jabaliyah, no
norte da Faixa de Gaza, atacou com pedras o exército israelense, desencadeando
revoltas semelhantes em todo o território palestino, na revolta que ficou
conhecida como a Primeira Intifada (palavra árabe que significa
"revolta"). Na ocasião, foi criado, na cidade de Gaza, o Hamas, grupo
fundamentalista islâmico palestino.
Em 1988, a Organização pela Libertação da Palestina passou a aceitar a
existência de dois estados no território palestino. A organização declarou
oficialmente a fundação do estado árabe da Palestina e a adoção da bandeira da
revolta árabe contra o Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial como a
bandeira oficial do novo estado.
Em 1993, Israel aceitou, através do acordo de Oslo, a criação de um
governo independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Em 1998, foi inaugurado
o Aeroporto Internacional de Gaza, na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza.
Em 2000, ocorreu a Segunda Intifada, desencadeada pela visita do
político israelense Ariel Sharon à esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, ato
que foi considerado pelos palestinos como sendo uma provocação. Em represália,
Israel ordenou o fechamento do Aeroporto Internacional de Gaza e passou a
bombardeá-lo repetidas vezes a partir de então[2].
Em 2002, o governo israelense começou a construir um muro demarcando a
fronteira entre a Cisjordânia e Israel, com a finalidade de evitar o ataque de
terroristas palestinos.
Em 2004, morreu Yasser Arafat, o histórico líder da Organização pela
Libertação da Palestina. O Aeroporto Internacional de Gaza, embora em ruínas e
inoperante devido aos seguidos ataques israelenses, mudou seu nome para
Aeroporto Internacional Yasser Arafat. Em 2005, Mahmoud Abbas assumiu a
presidência da Autoridade Nacional Palestina.
Nas eleições parlamentares de 2006, o Hamas conquistou a maioria das
cadeiras no Conselho Legislativo da Palestina. Isto desencadeou protestos de
várias nações contrárias à violência do Hamas e fez com que o Fatah destituísse
os membros do Hamas dos cargos executivos na Cisjordânia. O Hamas manteve no
entanto o controle sobre a Faixa de Gaza. A vitória do Hamas ainda provocou o
estabelecimento de um bloqueio egípcio-israelense à Faixa de Gaza. Os dois
países passaram a controlar a entrada e a saída de pessoas na região visando a evitar
a entrada de armas que poderiam ser utilizadas em ações terroristas contra
Israel. Em 2010, um comboio enviando ajuda humanitária à Faixa de Gaza foi
atacado por patrulhas israelenses, ocasionando nove mortes.
Referencias
DADOS PRINCIPAIS DA PALESTINA
Nome oficial Estado da Palestina Superfície 6.165 Km2 (Palestina: 5.800 Km2, Faixa da Gaza: 365 Km2) Localização Oriente Médio Capital Jerusalém Oriental
Principais
cidades
Hebron, Cidade de Gaza, Jerusalém Oriental, Nablus,
Khan Younis, Ramalá Idioma oficial Árabe
Moeda Novo Shekel Israelense (NIS) População (2012)
4,3 milhões de habitantes
Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência
Comercial, com base em dados da EIU, Economist Intelligence Unit, Country
Report Palestinian Territories, 3rd Quarter 2013.
PIB Nominal US$ 10,3 bilhões Crescimento real do PIB
5,9% PIB Nominal "per capita" US$ 2.395 Inflação 2,8% Câmbio (NIS / US$) 3,86 Ranking IDH 110º Taxa de
alfabetização (2010) 94,9% Expectativa de vida 73 anos
PALESTINA: DADOS BÁSICOS E PRINCIPAIS INDICADORES
ECONÔMICOS
O Estado da
Palestina localiza-se no Oriente Médio e possui população aproximada de 4,3
milhões de habitantes, em 2012, segundo estimativas da Economist Intelligence
Unit.
PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS (2012)
Com PIB Nominal próximo a US$ 10 bilhões em 2012,
segundo estimativas da EIU, a Palestina experimentou crescimento da ordem de
5,9%. Em 2011, o setor de serviços foi o principal ramo de atividade e
respondeu por 82% do PIB, seguido da indústria, com 12%, e o setor agrícola,
com 6%.
Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência
Comercial, com base em dados do FMI/World Economic Outlook Database, April 2013
e UNDP/International Human Developent Indicators, 2013 e Country Report
Palestinian Terriotires, 3rd Quarter 2013.
DADOS PRINCIPAIS DE ISRAEL
Área: 20.700 km²
Capital: Jerusalém
População: 7,40 milhões (estimativa 2009)
Moeda: Novo Shekel israelense
Nome Oficial: Estado de Israel
Nacionalidade: israelense
Data Nacional: 14 de maio - Dia da Independência
Governo: República Parlamentarista
GEOGRAFIA:
Localização: Oeste da Ásia (Oriente Médio)
Cidade Principais: Jerusalém, Tel Aviv, Haifa, Rishon Leziyyon e Holon.
Densidade Demográfica: 357 hab./km2
Fuso Horário: + 5h
Clima: Mediterrânico
Cidade Principais: Jerusalém, Tel Aviv, Haifa, Rishon Leziyyon e Holon.
Densidade Demográfica: 357 hab./km2
Fuso Horário: + 5h
Clima: Mediterrânico
DADOS
CULTURAIS E SOCIAIS:
Composição
da População: israelenses
nativos de origem europeia 41%, europeus, africanos, americanos e
médio-orientais 40% e árabes 19%.
Expectativa de vida: 80,7 anos
Índice de Mortalidade Infantil: 4,7 por mil nascimentos
Índice de Alfabetização: 97,1%
Idioma: hebraico e árabe (oficiais)
Religião: judaísmo 80,5%, islamismo 14,7% , cristianismo 3,2% e drusos 1,6%.
IDH: 0,900 (Pnud 2012) - desenvolvimento humano muito alto
Gini: 38,6 (ano de 2005)
Taxa de analfabetismo: 3,9%
ECONOMIA:
Expectativa de vida: 80,7 anos
Índice de Mortalidade Infantil: 4,7 por mil nascimentos
Índice de Alfabetização: 97,1%
Idioma: hebraico e árabe (oficiais)
Religião: judaísmo 80,5%, islamismo 14,7% , cristianismo 3,2% e drusos 1,6%.
IDH: 0,900 (Pnud 2012) - desenvolvimento humano muito alto
Gini: 38,6 (ano de 2005)
Taxa de analfabetismo: 3,9%
ECONOMIA:
Produtos
Agrícolas:
batata,, trigo, maçã, tomate, frutas cítricas e melão.
Pecuária: bovinos, suínos, caprinos, ovinos e aves.
Mineração: bromita, magnésio e sais de potássio.
Indústria: alimentícia, bebidas, tabaco, máquinas, química, petroquímica, tecnologia, metalúrgica, equipamentos de transporte, equipamentos médico-hospitalares e jóias.
PIB: US$ 219,4 bilhões (estimativa 2010)
Renda per capita: US$ 29.800 (estimativa 2010)
Pecuária: bovinos, suínos, caprinos, ovinos e aves.
Mineração: bromita, magnésio e sais de potássio.
Indústria: alimentícia, bebidas, tabaco, máquinas, química, petroquímica, tecnologia, metalúrgica, equipamentos de transporte, equipamentos médico-hospitalares e jóias.
PIB: US$ 219,4 bilhões (estimativa 2010)
Renda per capita: US$ 29.800 (estimativa 2010)
RELAÇÕES
INTERNACIONAIS:
- Banco
Mundial, FMI, ONU e OMC.
CONFLITO ISRAEL X PALESTINA E SEUS DESDOBRAMENTOS
ENTENDA
O QUE É O CONFLITO ENTRE ISRAEL X PALESTINA
A
grande maioria das pessoas não consegue entender a razão deste conflito
secular, quase que diariamente os jornais e outros meios de imprensa, noticiam
sobre este conflito, más nunca paramos para pensar, por que tanta guerra, tanto
conflito naquela região? Quais os principais objetivos de cada lado? Com a
finalidade de melhor explicar tudo isto, procurei resumir um pouco as
razões de tanta discordância.
Gostaria
de esclarecer a todos que tanto israelenses como palestino descendem de uma mesma
etnia, então neste caso o conflito não seria étnico, de um lado os Judeus
(israelenses), do outro Árabes (palestinos), esta configuração religiosa mostra
um primeiro ponto de discordância entre eles. Na verdade este conflito já vem
desde muito tempo. Em 1897, durante o primeiro encontro sionista, ficou
decidido que os judeus retornariam à Terra Santa, em Jerusalém, de onde foram
expulsos pelos romanos no século III d.C.. Imediatamente teve início à
emigração para a Palestina, que era o nome da região no final do século XIX.
Nesta época, a área pertencia ao Império Otomano, onde viviam cerca de 500 mil
árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já estavam vivendo entre eles. Em
1914, quando começou a I Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais de 60 mil. Em
1948, pouco antes da criação do estado de Israel, os judeus somavam 600 mil. Os
confrontos se tornavam mais violentos à medida que a imigração aumentava.
Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou
drasticamente porque milhões de judeus se dirigiram à Palestina fugindo das
perseguições dos nazistas na Europa. Em 1947, a ONU tentou solucionar o
problema e propôs a criação de um “estado duplo”: o território seria dividido
em dois estados, um árabe e outro judeu, com Jerusalém como
“enclaveinternacional”. Os árabes não aceitaram a proposta.
O
Estado de Israel foi fundado em 1948, após o Plano de Partilha elaborado pela
ONU, que dividiu a região, então sob domínio britânico, em Estados árabes e
judeus, embora os primeiros tenham rejeitado o plano, foi o ponto alto do
movimento sionista (Também chamado de nacionalismo judaico, é um movimento
filosófico e político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e
à existência de um Estado judaico independente e soberano no território onde
historicamente existiu o antigo Reino de Israel). Israel promoveu com o passar
do tempo, vários conflitos com nações vizinhas. Em 1993, foi assinado o Acordo
de Oslo, que deu início ao processo de paz com os palestinos. Pelo acordo, a
faixa de Gaza e a Cisjordânia passariam a ser território administrado pela ANP
(Autoridade Nacional Palestina). Em 2005, Israel retirou suas tropas e colonos
judeus - sob protestos destes - da faixa de Gaza.
O
Hamas – É um grupo terrorista e partido político, da Palestina, cuja carta de
fundação prevê a destruição do Estado de Israel.
O Fatah – É um grupo armado e
político também da Palestina, criado com a eleição de Yasser Arafat em 1996
para a presidência da ANP e para o Conselho Legislativo da Palestina.
Atualmente,
as negociações esbarram na questão do governo palestino, que, liderado pelo
movimento radical islâmico Hamas (que assim como o moderado Fatah possui braços
armado e político) não reconhece o direito de existência de Israel. Após a
vitória do Hamas (considerado pelos EUA e por Israel como um grupo terrorista)
em 2006, a comunidade internacional iniciou um bloqueio financeiro à
ANP que gera uma grave crise nos territórios palestinos. Saiba mais sobre o
conflito Hamas X Fatah
O recente acordo entre o Hamas e o
Fatah para a formação de um governo de coalizão ainda não permitiu o retorno de
negociações que incluam os palestinos no processo de paz. O impasse é devido,
principalmente, à resistência do Hamas em reconhecer Israel e à resistência da
comunidade internacional em reconhecer a legitimidade do movimento islâmico
como representante dos palestinos.
O
conflito hoje
Origens dos Conflitos
Origem dos povos:
Palestina: corresponde à
Judéia e à Canaã do mundo antigo. Os romanos se referiam à Síria Palestina, que
era a terra dos filisteus (philistinos).
Israel: em hebraico a
palavra Israel significa “Vencedor de Deus”, de isra (venceu) e el (Deus). Em
1948, foi instituído o Medinat Israel (Estado de Israel). Lembre-se que as
palavras Judeus e Hebreus são sinônimos.
O
conflito entre árabes e judeus tem origem muito remota. Analisando a Bíblia
encontramos a história de Abraão, que obedecendo o comando de Deus, deixou a
Mesopotâmia e estabeleceu-se em Canaã - passando assim a ser a Terra Prometida
dos judeus. Abraão teve vários filhos entre eles, Isaac e Ismael, dos quais
descendem respectivamente os judeus e os árabes. Jacó, neto de Abraão e filho
de Isaac, e os filhos deste, mudaram-se para o Egito onde foram escravos
durante 400 anos, até retornarem a Canaã. Visando recuperar a Terra Prometida,
Moisés, líder dos judeus libertou-os do escravismo do Egito fazendo uma
peregrinação de 40 anos pelo deserto, durante a qual formaram o seu caráter de
povo livre. Concretizando seu ideal, o povo judeu estabeleceu-se às margens do
Rio Jordão, na antiga Palestina, onde mais tarde resolveram expandir suas
fronteiras, durante o reinado de Salomão, que consolidou a Monarquia Judaica.
O
império passou a se estender do Egito a Mesopotâmia (ver figura ao lado). Em
seguida, dividiu-se em dois pequenos reinos, que logo foram dominados pelos
Babilônios que expulsaram os judeus deste território. Os Babilônios foram
dominados pelos Persas, estes pelos gregos e, estes últimos, pelos Romanos.
Antes do início da
disputa por Canaã, judeus e árabes viviam em harmonia, por muitas vezes sofreram
os mesmos destinos, contra inimigos comuns.
No
século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu. Nesta época,
conseguiram muitas vitórias, desenvolveram idéias sionistas (de Sion, colina da
antiga Jerusalém e que deu início ao movimento para a construção de uma nação
judaica), dedicavam-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a juros.
O
jornalista judeu Theodor Herzl, em 1896, criou o movimento sionista, cujo
objetivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. O povo, então, deu início à
colonização do país e, em 1897, fundou a Organização Sionista Mundial.
Depois
da 1ª Guerra Mundial, os países europeus, de olho no petróleo e na posição
estratégica da região, passaram a dominar a área. Em 1918, a Inglaterra ficou
responsável pela Palestina. Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores da
Grã-Bretanha, Lord Balfour, apoiou a fundação de uma pátria nacional judaica na
Palestina. Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam prometido
aos árabes a independência em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos
da região.
Com
a Revolução Industrial e o desenvolvimento das burguesias européias, os judeus
acabaram sendo responsabilizados pelo alto índice de desemprego e pela
concorrência com as classes dominantes. Com isso, nos países em que
viviam, os judeus foram confinados a guetos, sofreram várias perseguições e
massacres. O resultado destes fatos acarretou ainda mais a migração para a
Europa Ocidental e Palestina.
Esta
volta para a Palestina ocorreu através da criação de Kibutz (fazendas
coletivas) e cidades; além de lançar a luta pela independência política; neste
período, começaram os choques entre judeus e árabes, que assistiam aos judeus
conquistarem significativa parte das terras boas para o cultivo, fatos que
desencadearam os conflitos entre árabes e judeus.
Os
judeus criaram um exército clandestino (Haganah) para proteger suas terras e, à
medida que crescia a emigração judaica para a Palestina, aumentavam os
conflitos. Durante a 2ª Guerra Mundial - em função da perseguição alemã -, a
emigração judaica para a região aumentou vertiginosamente e a tensão chegou a
níveis insuportáveis: os britânicos, na época, tomaram partido dos Aliados e os
árabes, do Eixo.
Em
1936, quando os judeus já constituíam 34% da população na Palestina, estourou a
primeira revolta árabe. Bases e instalações inglesas foram atacadas e judeus
foram assassinados. A Inglaterra esmagou a rebelião e armou 14 mil colonos
judeus para que pudessem defender suas colônias.
Pouco
tempo depois, a Grã-Bretanha tentou controlar a emigração judaica para a área
e, desta vez, os judeus atacaram os ingleses. Em 1946, o quartel-general dos
britânicos foi dinamitado e 91 pessoas morreram.
Apesar
destes ataques, os judeus conseguiram apoio internacional devido ao Holocausto,
que exterminou mais de 6 milhões de judeus. Desde então, os Estados Unidos
passaram a pressionar a Inglaterra para liberar a imigração judaica para a
Palestina.
Em
1948, os ingleses deixaram a administração da região para a Organização das
Nações Unidas que, sob o comando do presidente norte-americano Harry Truman,
determinou a divisão da Palestina em duas metades. Os palestinos, que somavam
1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2 e os judeus, que eram 700.000,
ficaram com um território maior (14.500 km2), apesar de serem em número menor.
Os
judeus transformaram suas terras áridas em produtivas, já que era uma sociedade
moderna e ligada ao Ocidente, aumentando ainda mais as diferenças econômicas
entre judeus e árabes, que sempre tiveram uma filosofia fundamentalista e
totalmente contrária ao Ocidente.
Neste
mesmo ano, o líder sionista David Bem Gurion proclamou a criação do Estado de
Israel. Os palestinos reagiram atacando Jerusalém que, segundo a ONU, deveria
ser uma área livre.
Desde
então, o Oriente Médio se tornou palco de conflitos entre israelenses e
palestinos. O motivo da guerra está muito além das diferenças religiosas, passa
pelo controle de fronteiras, de terras e pelo domínio de regiões petrolíferas.
Assinar:
Postagens (Atom)