sábado, 26 de abril de 2014

CONFLITO ISRAEL X PALESTINA E SEUS DESDOBRAMENTOS

ENTENDA O QUE É O CONFLITO ENTRE ISRAEL X PALESTINA

A grande maioria das pessoas não consegue entender a razão deste conflito secular, quase que diariamente os jornais e outros meios de imprensa, noticiam sobre este conflito, más nunca paramos para pensar, por que tanta guerra, tanto conflito naquela região? Quais os principais objetivos de cada lado? Com a finalidade de melhor explicar tudo isto, procurei resumir um pouco as razões de tanta discordância. 

Gostaria de esclarecer a todos que tanto israelenses como palestino descendem de uma mesma etnia, então neste caso o conflito não seria étnico, de um lado os Judeus (israelenses), do outro Árabes (palestinos), esta configuração religiosa mostra um primeiro ponto de discordância entre eles. Na verdade este conflito já vem desde muito tempo. Em 1897, durante o primeiro encontro sionista, ficou decidido que os judeus retornariam à Terra Santa, em Jerusalém, de onde foram expulsos pelos romanos no século III d.C.. Imediatamente teve início à emigração para a Palestina, que era o nome da região no final do século XIX. Nesta época, a área pertencia ao Império Otomano, onde viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já estavam vivendo entre eles. Em 1914, quando começou a I Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais de 60 mil. Em 1948, pouco antes da criação do estado de Israel, os judeus somavam 600 mil. Os confrontos se tornavam mais violentos à medida que a imigração aumentava. Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou drasticamente porque milhões de judeus se dirigiram à Palestina fugindo das perseguições dos nazistas na Europa. Em 1947, a ONU tentou solucionar o problema e propôs a criação de um “estado duplo”: o território seria dividido em dois estados, um árabe e outro judeu, com Jerusalém como “enclaveinternacional”. Os árabes não aceitaram a proposta.

O Estado de Israel foi fundado em 1948, após o Plano de Partilha elaborado pela ONU, que dividiu a região, então sob domínio britânico, em Estados árabes e judeus, embora os primeiros tenham rejeitado o plano, foi o ponto alto do movimento sionista (Também chamado de nacionalismo judaico, é um movimento filosófico e político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado judaico independente e soberano no território onde historicamente existiu o antigo Reino de Israel). Israel promoveu com o passar do tempo, vários conflitos com nações vizinhas. Em 1993, foi assinado o Acordo de Oslo, que deu início ao processo de paz com os palestinos. Pelo acordo, a faixa de Gaza e a Cisjordânia passariam a ser território administrado pela ANP (Autoridade Nacional Palestina). Em 2005, Israel retirou suas tropas e colonos judeus - sob protestos destes - da faixa de Gaza.

O Hamas – É um grupo terrorista e partido político, da Palestina, cuja carta de fundação prevê a destruição do Estado de Israel.

O Fatah – É um grupo armado e político também da Palestina, criado com a eleição de Yasser Arafat em 1996 para a presidência da ANP e para o Conselho Legislativo da Palestina.
Atualmente, as negociações esbarram na questão do governo palestino, que, liderado pelo movimento radical islâmico Hamas (que assim como o moderado Fatah possui braços armado e político) não reconhece o direito de existência de Israel. Após a vitória do Hamas (considerado pelos EUA e por Israel como um grupo terrorista) em 2006, a comunidade internacional iniciou um bloqueio financeiro à ANP que gera uma grave crise nos territórios palestinos. Saiba mais sobre o conflito Hamas X Fatah
O recente acordo entre o Hamas e o Fatah para a formação de um governo de coalizão ainda não permitiu o retorno de negociações que incluam os palestinos no processo de paz. O impasse é devido, principalmente, à resistência do Hamas em reconhecer Israel e à resistência da comunidade internacional em reconhecer a legitimidade do movimento islâmico como representante dos palestinos.
O conflito hoje

Depois de 08 dias de intenso bombardeio contra os palestinos e a destruição de vários pontos considerados estratégicos, Israel anuncia um cessar fogo, sob forte pressão internacional, intermediado pelo governo egípcio. Com este novo acordo, as divergências continuam e a comunidade internacional teme por um novo conflito, pois, Israel insiste no projeto de construção de casas populares na região próxima a faixa de Gaza, que ainda éinstrumento de disputa entre ambos os lados.


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